Blog do Andarilho

O dia a dia de um Andarilho pela cidade

Seguindo os passos do Andaralho do Carilho

segunda-feira, 9 de maio de 2005


Desce...


Comecei este dia acordado, trabalhando desde o dia anterior, fui dormir ás 7 da manhã, não queria pensar, queria me ocupar, deixei o telefone ligado pois esperava que ele tocasse, só que á partir das 8 da manhã ele não pertence mais á mim e toca o tempo todo. Quando ele tocou logo pela manhã meus pensamentos estava tão embaralhados que eu tentei atender o rádio relógio.

Quando ele parou de tocar eu quis desligar o telefone puxando o fio da linha e fiquei por minutos tentando puxar o fio do rádio relógio, sem sucesso algum resolvi me deitar de novo, o telefone voltou á tocar e de novo eu atendi o rádio relógio e de novo tentei desligá-lo puxando o fio que fica atrás dele, voltei á me deitar e quando o telefone tocou novamente eu o ignorei. A minha manhã começou um inferno comigo tentando dormir com o telefone tocando o tempo todo, só que eu não conseguia desligá-lo.

Não demorou pra me chamarem no rádio Nextel da firma, respondi que já estava indo e voltei á dormir, me chamaram de novo e eu respondi a mesma coisa, só que eu não tinha ânimo pra me levantar, não queria saber de sair da cama, afinal havia menos de uma hora que eu tinha ido deitar-me.

Queria sumir desse mundo sem deixar vestígios de que já estive aqui, sem deixar sequer alguém que se lembrasse do meu nome. Só que quando meu pai veio bater á minha porta com a sutileza de um elefante eu tive que aceitar que ainda estou aqui e tenho responsabilidades.

Foi um dia difícil, tudo me agredia, a música no rádio, algum objeto ou lugar que me lembrasse do que eu quero esquecer-me, um horário do dia especial. Perdi as contas de quantas vezes achei que não ia aguentar, de que ia surtar, de que ia desabar do alto do meu um metro e oitenta e quatro de carne imprestável como um edifício emplodindo.

Por vezes achei que tinha achado forças do nada e tive alguns minutos de tranquilidade, porém não passaram de minutos, tudo me jogava pra baixo.

Ao fim desse dia tão difícil não tenho muitas esperanças de que amanhã será um dia maravilhoso, mas sei que pior que esse não pode ser. Se for e o dia seguinte também o for eu sei que chegará o dia em que a dor chegará na sua saturação e começará á diminuir.

Eu ainda vou ter dias melhores, só me deixe aqui quieto que isso passa...

Amanhã vou tentar conjugar mais o verbo eu, vou olhar mais pra mim até que tudo melhore.


Quando não há compaixão
Ou mesmo um gesto de ajuda
O que pensar da vida
E daqueles que sabemos que amamos?

Quem pensa por si mesmo é livre
E ser livre é coisa muito séria
Não se pode fechar os olhos
Não se pode olhar pra trás
Sem se aprender alguma coisa
Pro futuro

Corri pro esconderijo e olhei pela janela
O sol é um só mas que sabe são duas manhãs
Não precisa vir se não for pra ficar
Pelo menos uma noite e três semanas

Nada é fácil, nada é certo
Não façamos do amor algo desonesto
Quero ser prudente e sempre ser correto
Quero ser constante e sempre tentar ser sincero
E queremos fugir
Mas ficamos sempre sem saber

Seu olhar não conta mais estórias
Não brota o fruto e nem a flor
E nem o céu é belo e prateado
E o que eu era eu não sou mais
E não tenho nada pra lembrar

Triste coisa é querer bem
A quem não sabe perdoar
Acho que sempre lhe amarei
Só que não lhe quero mais

Não é desejo, nem é saudade
Sinceramente nem é verdade

E eu sei porque você fugiu
Mas não consigo entender
E eu sei porque você fugiu
Mas não consigo entender


P.S.: Eu gostava mais dessas palavras quando elas eram apenas uma reflexão da vida e não me machucavam, Renato Russo foi um cara muito cruel...

3 Comments:

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